Nesta nova estratégia, os agentes de combate às endemias visitam residências específicas, porém a ação não se limita apenas à casa do paciente infectado, mas também inclui as três residências vizinhas, à direita, à esquerda e nos fundos. Essa abordagem peridomiciliar visa eliminar os mosquitos adultos, que preferem habitar dentro ou próximo às residências, para se alimentar de sangue humano.

A estratégia é baseada em orientações técnicas do Ministério da Saúde e busca alcançar os locais mais propensos a abrigar mosquitos infectados, especialmente onde há casos confirmados de arboviroses. É importante ressaltar que a pulverização afeta apenas os mosquitos adultos e não as larvas, sendo essencial que a população mantenha portas e janelas abertas durante o procedimento para garantir a eficácia da ação.

Além da pulverização peridomiciliar, a Prefeitura também realiza ações de pulverização em larga escala nas ruas, fechando quarteirões em áreas com alta incidência de casos para abranger um maior número de residências e reduzir a população de mosquitos transmissores.

Segundo a Dra Marinice Teleginski, responsável técnica pelo Programa da Dengue de Florianópolis, a implementação dessas estratégias é guiada por um mapa de calor elaborado pela vigilância epidemiológica, que indica as áreas com maior intensidade de casos positivos. Isso permite direcionar as atividades de forma mais intensa nas regiões mais afetadas, incluindo inspeções, eliminação de criadouros e pulverização.

É fundamental que a população colabore eliminando possíveis criadouros de mosquitos em suas residências, pois o inseticida só é eficaz contra os mosquitos adultos presentes no ambiente. A participação ativa dos moradores é crucial para interromper o ciclo de transmissão dessas doenças.