Tecnologia

Por Reuters


Empresa ganha prazo maior do governo dos EUA para negociar com clientes. — Foto: Aly Song/Reuters

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse nesta segunda-feira (19) que o governo norte-americano vai prorrogar o prazo dado à Huawei para que a empresa chinesa compre suprimentos de empresas norte-americanas para atender aos atuais clientes.

O departamento informou em comunicado que a prorrogação de 90 dias "tem como objetivo proporcionar aos consumidores em toda a América o tempo necessário para fazer a transição para se afastar dos equipamentos da Huawei, dada a persistente ameaça à segurança nacional e à política externa".

"À medida que continuamos a pedir aos consumidores que façam a transição para se afastar dos produtos da Huawei, reconhecemos que é necessário mais tempo para evitar qualquer interrupção", disse Ross em um comunicado, confirmando uma decisão informada pela Reuters na sexta-feira.

Ele também disse que estava adicionando 46 afiliadas da Huawei à Lista de Entidades, a lista de empresas que não podem negociar com companhias americanas. Isso eleva o número total para mais de 100 entidades da Huawei cobertas pelas restrições.

A lista inclui afiliadas da Huawei na Argentina, Austrália, Bielorrússia, China, Costa Rica, França, Índia, Itália, México e vários outros países. A empresa não comentou imediatamente o comunicado.

A prorrogação, que vai até 18 de novembro, renova um acordo que mantém a capacidade da empresa chinesa de manter redes de telecomunicações existentes e fornecer atualizações de software para aparelhos Huawei.

Pressão na Justiça

A gigante chinesa apresentou uma moção legal no final de maio buscando declarar como inconstitucional a lei de defesa dos EUA que impede que a Huawei faça negócios com empresas americanas. A moção foi uma tentativa da fabricante para combater as sanções que ameaçam tirá-la dos mercados globais de tecnologia.

"A Huawei é um instrumento do governo chinês", disse o secretário de Estado Mike Pompeo em uma entrevista a uma TV dos EUA na ocasião . "Eles estão profundamente conectados. É algo que é difícil os norte-americanos entenderem".

A Huawei pede que a Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) de 2019 seja declarada como inconstitucional em julgamento sumário.

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